segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2007 foi assim...

Photobucket

que ano este.....

Que ano este...de altos e baixos, mais baixos que altos, infelizmente para mim....
Foi um ano em que aconteceu o que não podia ter acontecido nunca !!! e que ainda hoje estou para saber como aconteceu...
Foi o ano em que descobri o teatro, que me ajudou a superar tudo o que me aconteceu de mal e que me permitiu conhecer pessoas fantásticas, rejuvenescer e superar alguns dos meus medos...
Foi um ano de uma rotura que não devia, nem podia, ter acontecido...
Foi um ano de doenças que podiam ter tido bastante gravidade, e outras que ainda não se sabe...
Foi um ano de descoberta interna, o que tem sido positivo...
Foi um ano de sonhos desfeitos...
Foi um ano de palavras muito duras...
Foi um ano de muita humilhação...
Foi um ano que, felizmente, acabou e ponto final.
Para o ano há mais! Só espero que seja melhor...
outro ano como este e, não sou de ferro, não resisto!!!!!!!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

afasta-te de agulhas, alfinetes e coisas do género...

Há coisas incriveis que me parece que estão predestinadas, tenho de me benzer, ir à bruxa ou algo assim...imaginem estar em casa, cómodamente, sem crianças pequenas, filhos já totalmente adolescentes uns, adultos outros e relaxar...nada pode acontecer, já não há necessidade de andar atrás deles a ver se estão a fazer asneiras, pois nada mais errado....o incrível aconteceu mesmo, isto deve ser o pagamento pela minha maldicência anterior, só pode...pus-me a jeito e toma!

"Mãe ela engoliu um alfinete!" grita-me a minha filha mais nova.

"Um alfinete, disparate? Como é que se engole um alfinete? Por que carga de água alguém engole um alfinete?" não acredito, nã.... é tanga! Parem de brincar comigo!
Vou ter com a culpada e faço-lhe ver o disparate: com esta idade brincamos é? um alfinete?

Vejo-a a agarrar a garganta e acenar que é verdade. Mas como? "estava a fazer um top em tecido pus um alfinete na boca , a Inês fez-me rir e engoli-o, sem querer..."

Não quero acreditar, tipo barata tonta, pensa rápido: o que se faz quando se engole um alfinete? sei lá ! engole-se pão como se fosse uma espinha? tenta-se tossir e vomitar? Bolas! o que se faz? telefono para todos os médicos que conheço e nada, ninguém me atende, bem, vamos para o hospital é melhor, lá devem saber o que fazer quando se engolem alfinetes...

Rumamos ao hospital, bichas, óbvio, traumatologia, como não me lembrei disso..., Rx, claro! e aguardar pela nossa vez, médica simpática informa que pode correr bem e sair sem magoar ou correr mal e furar algo e causar uma peritonite e ser necessário operar, Céus!!! maldito alfinete! e voltamos para casa a aguardar que algo aconteça...

A minha filha diz que é um prenúncio de que se calhar deve seguir o ramo da moda, que irá esperar, pacientemente, pelo alfinete para o guardar como relíquia e quando for famosa, tipo Fátima Lopes, emoldura o Rx e o alfinete...
Penso com os meus botões, prenúncio talvez seja, mas para te afastares de agulhas, alfinetes e coisas do género....

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

ainda bem que o Pai Natal já veio e já se foi senão...

Partiram contrariadas, com uma réstea de esperança ainda ousaram formular a pergunta inevitável de sempre:
"Mãe temos mesmo de ir?".
Finji-me dura, segura e altruísta e retorqui:
"Claro que sim, é Natal... o pai vai ficar triste".
Como se a mim me importasse um pouco se fica ou não triste...contive-me de dizer o que senti e fiz o que é correcto, ele tem direitos, puf!!!, quando lhe dá jeito claro!
Sair de casa no dia de Natal, do aconchego da lareira e das saias da mamã, para para umas miseras horas, num jantar pré-cozinhado de faz de conta, com o pai e a "nova" mulher, com menos duas casas decimais uau! mais um bocadinho e podia ser tua filha...talvez te lixes! penso eu ,com malvadez incontida, dava-me jeito ver-te pelo menos por uma vez na fossa, bem na fossa.
Xiça! com isto foi-se-me mesmo embora o espírito natalício....ainda bem que o Pai Natal já veio e já se foi senão estava bem tramada...

Arthur Elsley (1860/1952)



Descobri que tenho o privilégio de ter uma cópia, serigrafia ou algo semelhante deste autor, se é valioso ou não no mercado, não me interessa, para mim é um dos bens mais valiosos que tenho o prazer de possuir, por muitos factores, pela ligação inquebrável, com a pessoa a quem pertenceu anteriormente, pelas memórias de infância que me traz, pela história que retrata ou que imagino subjacente.
É a preto e branco, com sombras geridas com mestria, retratando uma mãe e duas crianças, acessoriamente um gatinho bebé brinca com uma pantufa, o contexto presume-se uma sala com lareira cujo fogo se adivinha única fonte de iluminação da cena.
Ao fundo um cavalinho de baloiço em madeira, aguarda serenamente.
Sempre me fascinou, sempre admirei a ternura deste quadro, a maternidade serena estampada na cara da figura feminina, a alegria inerente das crianças, a ternura do gato bebé, o calor imanente da lareira e do afecto patente nas figuras, uma família imensamente feliz.
Recordo ser miúda, bem miúda e convencer-me que se tratava de um retrato de familiares meus e ficar fascinada com as meninas de quem sabia o nome, a mamã, o gatinho e o cavalinho de baloiço.
Não me canso de olhar e me rever naquela figura, actualmente falta-me uma figura de criança para o quadro estar completo e puder imaginar que sou eu aquela figura materna, transbordando generosidade, serenidade e amor.
Mesmo assim está bem, perfeito, pelo menos para mim e isso basta-me.

sábado, 22 de dezembro de 2007

este ano há Natal


O Natal é tempo de união, de reflexão, de passar os dias languidamente junto à lareira, de ver filmes exactamente iguais aos dos anos anteriores, de fazer comida que acaba sempre por fazer mal, da surpresa das prendas, de nos redimirmos com os filhos da falta de tempo de qualidade, não é certamente o meu caso, mas acho sempre que podia dar-lhes mais tempo, que aliás elas talvez até nem queiram...Tenho a sorte de ter filhas admiráveis que me apoiam, que me admiram, vá-se lá saber porquê, que não me julgam e com quem posso contar nos bons e maus momentos, este ano isso basta-me para ser feliz.

Há Natais e natais este é um dos primeiros, detesto os outros...bah!, não existem simplesmente, natal sem filhos não é mesmo Natal, é tortura.

Aprendi isso da pior forma mas superei e não quero pensar nisso agora, para o ano preocupo-me, fujo de casa, desapareço do mapa só para fugir ao natal.

Este ano não fujo, este ano há Natal
FELIZ NATAL!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

imagino-te distante


imagino-te distante
longos cabelos louros
faces rosadas
olhos azuis
porque gosto
chamo-te
algo de diferente
és frágil
o corpete oprime-te
os seios brancos
a saia em balão
favorece-te a figura
esbelta
silenciosamente
obediente
sem saberes
nada ousas
limitas-te a sonhar
tocando o medalhão
contentor das tuas memórias

terça-feira, 18 de dezembro de 2007


anulas-me por ser Mulher
finalmente orgulho-me
de o ser
imaginava-te contente
por mim, por ti,
por nós
pelo que a pulso
conquistei
com dor, amor,
caio, levanto-me
prossigo
contudo agarras-me,
em vão,
procuras-me impedir
no silêncio da noite
em que optas por te envolver
luto, esbracejo
traço o meu caminho
certo, errado
mas finalmente meu
não me impeças de sonhar
mereço isso

domingo, 16 de dezembro de 2007

porquê?



porque me julgas
se não me entendes
se eu não me entendo
sequer a mim
porque te achas melhor
se não sabes se o és
se nem eu própria
sei se o sou
porque finges que não existo
quando estou mesmo
ao teu lado
como sempre estive
porque me condenas
com base em permissas
que ignoras se são verdadeiras
esqueces-te tantas vezes
que não há só uma verdade
há muitas
tantas quanto nós
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derreto-me com o tempo
moldo-me pelo hábito
suspendo-me
impassivel ao seu som ritmado
curvo-me impotente
perante a sua magnificência
não porque saiba esperar
simplesmente porque desisti
de o contar

foge de mim mas não me leves


podia iludir
mas magoava-me
sem razão
podia fingir que sim
que é fácil
mas não posso
podia dizer tanto
mas não ouso
por isso
foge de mim
mas não me leves


sábado, 15 de dezembro de 2007

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componho-me de sentimentos
bons
maus
assim, assim,
explodem
em intensidades
descontroladas
sentidas
dolorosas
resplandecentes
alguns
monstruosos
outros
absurdamente
sentidos
sempre…

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

o mais belo poema de amor


hoje quero escrever-te
o mais belo poema
de amor
dizer-te na cara
que te amo
sem ser perfeita
que te dou o mundo
como te dei
a vida
que te deixo voar
sem os meus medos
que estou aqui
onde sempre estive
hoje quero
pedir-te desculpa
por ser humana
tantas vezes
hoje quero
traduzir-me
sem palavras
hoje quero soprar-te
Amor

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

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que mais posso dizer
nada
tudo dito
que mais posso fazer
tudo
um mundo
que mais posso querer
sabes bem
eu também
acontecerá
simplesmente
não desisti de mim
ainda...

dimensão

nada do que dizes
é relevante
cortaste com mestria
os laços já precários
soltaste-me
temos pena
NÃO VOLTO
dimensões diferentes
nos separam
não me percebes
não te percebo
não quero
podia querer
mas não
NÃO VOLTO
à tua prisão dourada
optei
pela minha DIMENSÃO
não gosto
nunca gostei
mas só agora o digo.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

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hoje sinto-me ...

domingo, 9 de dezembro de 2007

enigma

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sou enigmáticamente Mulher

sábado, 8 de dezembro de 2007

a complexidade de ser eu


eu,
eu e
mais eu,
descasco-me,
desanco-me,
humilho-me,
atrofio-me,
enjoativa,
suporto-me,
na minha complexidade,
mas não me entendo,
às vezes
suspendo-me,
orgulho-me
e
espanto-me
do que sou capaz


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

centrada em mim




sou o centro
a luz da minha ribalta
nele me encontro
na dúvida e
na certeza
inconstantes
consequentes
do caminho
tantas vezes diferente
absurdo
como sou
aos olhos dos que me espiam
em silêncios
nem sempre contidos
que julgam
o reflexo distorcido
da minha luz
sempre que fujo
regresso a mim
mais distante do que fui
mais perto do meu centro


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007


tenho cheiro
a flor
do campo
tenho as cores
do outono
triste
tenho sabor
a vento
forte
tenho a luz
do amor
suave
tenho a paz
da guerra
justa
tenho vida

pele de mulher



hoje estou
feliz
de ser Mulher
sinto-o na pele
transpiro
ainda alguma vida
recuperarei
como sempre
fazes bem
digo eu
tens medo
também teria
do que há-de vir
imprevisto
invisto
no impulso
apanharei os pedaços
como sempre
estarei por cá
para o que der
e vier
não fujo
acho que não

nojo


tenho nojo
de ti
de mim
de nós
do que és
do que esqueci
do que perdi
repugnante
deixa-me sentir
de novo
de vez
estou viva
deixa-me ter nojo
de ti
para poder sentir
a minha pele

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

os espinhos que tenho
criei-os
esqueci-me como
não me consigo tocar
ferem-me a pele
provocam-me dor