quinta-feira, 3 de maio de 2012

perdemos todos...

onde errei?
não sei...
o mimo não faz isto.
não faz
e logo a morte que é tão definitiva
bastava o nunca mais
muitas vezes
tantas quanto conseguisses dizer
mas saiu a morte
como uma seta persistente
não uma mas duas vezes
e eu a achar que não
que estás errada
e as lágrimas saltam-te sem pudor
e eu imóvel tenho de intervir
e vou perder
eu sei !
perdemos todos...

sábado, 1 de janeiro de 2011

a Nadir

A precisão de traços finos

Espelha o mestre

Poderosos sem o serem

Simples de aparência

Ocultam complexas capturas da realidade

E as cores vibrantemente alegres

Dos riscos que não o são

Escorrem fluidez que se adivinha febril

E cada traço frágil como o corpo que os alberga

Reveste a força da alma de quem pinta

Génios assim não morrem nunca!

Perduram para sempre nos riscos das memórias

Há obras que comovem a pele de quem as vê

E esta é grande demais para um só corpo

E se o tempo não morre quando alguém o escreve

Também não passa quando alguém o pinta.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

é esta a minha terra


é esta a terra que eu amo
o mar que eu respiro
o céu que me protege
aqui bate o meu coração
tão alto que até dói
aqui reside a minha esperança
o meu futuro e o meu passado
e aqui estou eu
no centro
comovida com a beleza
que agradeço
nesta terra que me viu crescer


quarta-feira, 7 de julho de 2010

em cada sonho sonhado...

adormeci, dirás
talvez persiga o sonho
suspensa de mim consigo superar-me
e cada sonho sonhado fica vivo

ainda que por instantes

depois vem o esquecimento
com que me debato noite após noite

e cada noite longa fica curta

em cada sonho sonhado...

terça-feira, 29 de junho de 2010

a subida


e em cada olhar trocado disfarçamos, o quê não sei. Faz parte deste jogo que jogamos...

rio de palavras



personagem
paralisada
encerrada
vazia
viciada
desmotivada
escurecida
esperançada
desejada
amada
simplificada
escutada
olhada
sentida
humilhada
agrilhoada
sufocada
desencontrada
não é nada


será que sai?



porque o tempo voa
sem surpresas
e o amanhã nunca chega
como se espera
e o hoje é este vazio
por preencher
e a roda gira
em fusos que não conheço
e a sorte sai
a alguém
que não eu.


domingo, 9 de maio de 2010

o ninho



o ninho está vazio
sem rebuliços
e eu perdida
sem saber o que fazer
Posted by Picasa

sexta-feira, 9 de abril de 2010

porque o amor não se busca
só se tropeça

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

e ainda outro

mais fechado
como os dias
que não gosto

outro angulo

outro olhar

em cada linha

em cada linha
feita sombra
há o contraste
do meu espaço
com o teu
em cada luz
encontro a sombra
em cada sombra
sinto frio

paisagem


fuga


palavras


porque as palavras não têm rosto
e o rosto não tem palavras

terça-feira, 10 de novembro de 2009

e os dias passam

e os dias passam
sem palavras
que se encontrem
o silêncio instala-se
falta o tempo
o tempo
das palavras
que escorriam

terça-feira, 13 de outubro de 2009

hoje

hoje doi-me a pele
finjo que não
que sou imune à dor
mas doeu
doeu bem fundo
aquela farpa
aquele olhar
talvez um dia
qual boomerang
se invertam os papéis
talvez troquemos de cadeiras
e tu então percebas
que o abraço forte
que me deram
devia ser teu

terça-feira, 18 de agosto de 2009