hoje doi-me a pele
finjo que não
que sou imune à dor
mas doeu
doeu bem fundo
aquela farpa
aquele olhar
talvez um dia
qual boomerang
se invertam os papéis
talvez troquemos de cadeiras
e tu então percebas
que o abraço forte
que me deram
devia ser teu
redescobrir-me, libertar-me de algumas das camadas de pele que teimam em não cair, reinventar-me expondo a minha nudez...
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
terça-feira, 25 de novembro de 2008
remorsos
Entre chamas crepitantes
fixo o olhar no vazio
retomo-me naquela que já fui
absurdamente crédula
nas tuas desculpas
mesmo quando te escondia
as gotas salgadas
que saiam do olhar
obedeci-te
vezes sem conta
culpei-me
aceitando as tuas culpas
como minhas
menosprezei-me
para que tu não o fizesses
humilhei-me por me convencer
que era mesmo assim
mentiste-me
tantas vezes
que aceitei essa violência
pérfida como justa
hoje passo por ti e vejo
não tens remorsos
mas eu tenho
de não ter visto mais cedo
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

és o monstro que desconheço
tento imaginar quando isso aconteceu
e não encontro data precisa
algures no tempo transformaste-te
nesta coisa que és agora
quando te olho e vejo como és
não gosto dos laços que nos ligaram
apesar da tua monstruosidade
paralizo em vez de prosseguir
como devia...
és tortuoso
agrides e recuas
às vezes humanizas-te
e desconcertas-me
alimentando-me esperanças
absurdas de algo que nem sequer quero
continua a torturar-me
mas não te tornes humano
por favor
porque me desumanizas
continua o teu trabalho
flagela-me a alma
o corpo
massacra-me a pele
despoja-me da vida lentamente
e fica feliz
se só assim te sentes Homem
domingo, 10 de fevereiro de 2008
esquece-te de mim!
esquece-te de mim!
que existo,
incomodas-me demais
o teu voyeurismo assusta-me
a maldade contida em ti, a distorção de tudo o que digo e faço, o prazer com que me destróis aos poucos é devastador.
esquece-te de mim!
deixa-me de vez, deixa-me fechar-te a porta com força.
vive e deixa-me viver.
não te devo satisfações dos meus actos, não te admito sequer que me julgues.
destroi-me aos poucos se isso te dá prazer, usa o teu olhar de ódio que trespassa, pouco me importa que o faças, há muito que estou de rastos, permanecerei aí até ao dia em que me consiga libertar de vez.
nesse dia acautela-te pois poderei ser mais devastadora do que tu.
o ódio que transpiras é próximo do amor que me recusaste.
odeia-me enquanto te amo, quando descobrires que me amas odiar-te-ei eu.
por isso humilha-me mais, consporca todos os meus actos, vangloria-te ufano que és melhor do que eu, incha até rebentares de satisfação.
eu estarei lá na primeira fila e limparei de vez os restos que deixares na minha pele.
que existo,
incomodas-me demais
o teu voyeurismo assusta-me
a maldade contida em ti, a distorção de tudo o que digo e faço, o prazer com que me destróis aos poucos é devastador.
esquece-te de mim!
deixa-me de vez, deixa-me fechar-te a porta com força.
vive e deixa-me viver.
não te devo satisfações dos meus actos, não te admito sequer que me julgues.
destroi-me aos poucos se isso te dá prazer, usa o teu olhar de ódio que trespassa, pouco me importa que o faças, há muito que estou de rastos, permanecerei aí até ao dia em que me consiga libertar de vez.
nesse dia acautela-te pois poderei ser mais devastadora do que tu.
o ódio que transpiras é próximo do amor que me recusaste.
odeia-me enquanto te amo, quando descobrires que me amas odiar-te-ei eu.
por isso humilha-me mais, consporca todos os meus actos, vangloria-te ufano que és melhor do que eu, incha até rebentares de satisfação.
eu estarei lá na primeira fila e limparei de vez os restos que deixares na minha pele.
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