domingo, 10 de fevereiro de 2008

esquece-te de mim!

esquece-te de mim!
que existo,
incomodas-me demais
o teu voyeurismo assusta-me
a maldade contida em ti, a distorção de tudo o que digo e faço, o prazer com que me destróis aos poucos é devastador.
esquece-te de mim!
deixa-me de vez, deixa-me fechar-te a porta com força.
vive e deixa-me viver.
não te devo satisfações dos meus actos, não te admito sequer que me julgues.
destroi-me aos poucos se isso te dá prazer, usa o teu olhar de ódio que trespassa, pouco me importa que o faças, há muito que estou de rastos, permanecerei aí até ao dia em que me consiga libertar de vez.
nesse dia acautela-te pois poderei ser mais devastadora do que tu.
o ódio que transpiras é próximo do amor que me recusaste.
odeia-me enquanto te amo, quando descobrires que me amas odiar-te-ei eu.
por isso humilha-me mais, consporca todos os meus actos, vangloria-te ufano que és melhor do que eu, incha até rebentares de satisfação.
eu estarei lá na primeira fila e limparei de vez os restos que deixares na minha pele.

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