segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008


és o monstro que desconheço
tento imaginar quando isso aconteceu
e não encontro data precisa
algures no tempo transformaste-te
nesta coisa que és agora
quando te olho e vejo como és
não gosto dos laços que nos ligaram
apesar da tua monstruosidade
paralizo em vez de prosseguir
como devia...
és tortuoso
agrides e recuas
às vezes humanizas-te
e desconcertas-me
alimentando-me esperanças
absurdas de algo que nem sequer quero
continua a torturar-me
mas não te tornes humano
por favor
porque me desumanizas
continua o teu trabalho
flagela-me a alma
o corpo
massacra-me a pele
despoja-me da vida lentamente
e fica feliz
se só assim te sentes Homem

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