terça-feira, 6 de maio de 2008

tantas vezes te procurei

tantas vezes te procurei
na ilusão do momento
em que me esqueço
de quem és
fartei-me de contar
as vezes
em que te imagino
humano
não aprendo
a não te conhecer
lembro-me do tempo
em que te adivinhava
os pensamentos
hoje esqueço-me
de que não te conheço
de todo
e sobretudo
de que não vales
uma linha do que escrevo
mesmo assim
esqueço-me e cá estou eu
de novo
a escrever-te
procurando arrancar
a pele degenerada
que deixaste

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