quarta-feira, 7 de maio de 2008

os poemas não são imutáveis


os poemas não são imutáveis
são pedaços de vida
vivida
imaginada
desejada
os poemas digerem-se
nos dias famintos
nos outros
não temos tempo
para ter fome
os poemas surgem
do nada
explodindo em letras
que nem combinam
os poemas sabem
a pouco
se de amor
são salgados
se de dor escorrida
os poemas toldam
os sentidos
arrastando o imaginário
nas flutuações
do espaço e das lembranças
os poemas perfeitos
amanhã não valem nada
quando os lermos
nas revoltas
momentâneas

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