domingo, 14 de junho de 2009

O meu dia começou

O meu dia começou, como tantos outros, na alvorada. Sinto o jardim a despertar nas rosas do meu canteiro. Invariavelmente olho o céu antes da sair, na esperança que hoje não chova. Pura ilusão, as nuvens atacaram em força o céu, supostamente azul, ensombrando-lhe a cor. Detesto os dias cinzentos em que até a minha rua fica diferente. Por mim os dias seriam sempre azuis ( isto se eu mandasse claro!) E sigo o meu dia cinzento, só, como em todos os dias azuis.
Afinal nada muda! A cor não altera a minha solidão, atenua-a, isso sim.
À noite, bem no fim do dia, ainda ouso olhar a lua. Pacifica-me a sua luz e suspeito que conhece o meu destino. Eu não! Desisti de o procurar, sei que ainda vivo de saudades construídas por tudo aquilo que queria esquecer e não posso. A tua ida abalou-me e nunca mais encontrei o amor. E todas as noites adormeço pedindo para me esquecer de ti.

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