sábado, 5 de julho de 2008

hoje sou o teu poema

hoje sou o teu poema
por escrever
todas as tuas palavras
não ditas
hoje sou o teu esquiço
de amor
sou o efémero
tornado eterno
hoje sou a vida
por percorrer
sou a sombra
do deserto
a galáxia mais distante
que guardas
na palma da tua mão
hoje reflectes-me
no teu sorriso
no teu olhar
na tua voz
hoje sou o banco de jardim
em que um dia
nos sentaremos
em recordações
hoje entrelaçaremos as mãos
tocando a pele
que nos deixaram
hoje somos os dias
de surpresa
em que tudo faz sentido
amanhã
reinventar-me-ei de novo

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