terça-feira, 27 de maio de 2008

marcas de sonhos


guardas marcas de sonhos
de dias duros no olhar
silenciosamente puro
esqueces-te de ti
do teu retrato
amarfanhado pelo tempo
longínquo
em que buscaste abrigos
nos sons soberbos
do mundo duro
onde te moves
em peles curtidas
por sóis cinzentos
e terra vaidosamente estéril

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