segunda-feira, 5 de maio de 2008

encontraste-me nos dias de silêncios


encontraste-me nos dias
de silêncios
em que nos cruzávamos
sem ver
nos dias insuportáveis
partilhei segredos
desumanos
sentindo-me frágil
protegeste-me
insuflando-me vida
impedindo-me a morte
anunciada
surpreendendo-me os dias
amargos
em que invariavelmente
morria e acordava
para morrer de novo
confesso-te hoje que
os dias
já têm som
a estrada
começa a ter sentidos
que ainda tenho medo
de seguir
avanço com recuos
mas avanço
hoje és tu que estás aí
certamente
e só te posso agradecer
tudo o que fizeste
por mim



2 comentários:

Anónimo disse...

Não se agradece o amor nem a amizade. Lá diz o povo que "o amor com amor se paga".

Epicuro

Cristina disse...

efectivamente não se agradecem estes sentimentos mas importa-me manifestar públicamente o reconhecimento da importância que, talvez sem o saberem, algumas pessoas tiveram e têm na minha vida