sábado, 3 de maio de 2008

ao menos uma vez na vida


perto de céu
toco as nuvens suaves
recomeçamos a interrupção
do tempo
vive-me
ama-me
admira a minha pele
diz-me que te orgulhas
do que hoje sou
mente se quiseres
mas diz
que me perdoas
por ter tentado viver
que os laços permanecem
intactos
como outrora
nos confins do tempo
em que nenhum de nós
tinha incertezas
surpreende-me
diz que me amas
ao menos uma vez na vida

2 comentários:

Anónimo disse...

Os teus olhos vestem-se de azul
e fitam o infinito
cada vez mais longe, mais vago,
imaginário.
Buscam a fuga,
numa astronave rompendo as nuvens,
para aterrar
no futuro.
Pepper

Anónimo disse...

Não é fácil o amor. Não se estuda, não se ensina, não vale a pena querer sabê-lo. Não adianta racionalizar o amor, teorizar sobre ele, dissecar as suas entranhas ou estabelecer-lhe leis. O amor acontece. Vive-se. Por vezes, treme... Morre (ou fica apenas guardado num canto do coração?). E até acontece renascer ainda mais forte. O amor é simplesmente o amor.

Epicuro