sábado, 1 de março de 2008

lembras-te de mim?


sou a mesma
que conheceste
persigo os mesmos sonhos
impossíveis
no mesmo jeito
timido de ser
que agora consigo ocultar
não sou tão silenciosa como era
aprendi a ser frontal
rebelo-me comigo e com os outros
o rosto está mais enrugado
é certo
não há milagres
as mãos vão envelhecendo
ao meu ritmo
o olhar parece-me igual
talvez cansado do que viu
algumas cicatrizes
novinhas em folha
para te mostrar
e um sem fio de coisas para contar
ou talvez não
talvez recomece do zero
olá sou eu
lembras-te de mim?


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