segunda-feira, 5 de novembro de 2007

tarde demais

O passado esfuma-se
Tal como a vida
Em comum
As viagens
Estão tão distantes
Como nós
Há um fosso tão grande
Qual oriente e ocidente
Sinto a falta do exotismo
De que tanto gostávamos
Para mim não haverá
Mais oriente
Restar-me-ão as lembranças
Que coleccionei com avidez
É tudo tão longínquo
Como as viagens que fizemos
As filhas unem-nos
e desunem-nos
eu continuo a viver
para elas
tu fazes
o que sempre fizeste
talvez seja a tua maneira
de amar
que ninguém compreende
só tu
as filhas precisavam de mais
muito mais do que lhes dás
talvez te apercebas
quando for tarde demais.

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