sexta-feira, 9 de novembro de 2007

momentos

É certo que ele tinha catorze mas não sei quem era mais infantil ou puro, foi uma surpresa o pedido de namoro, caiu do nada e eu sem hesitar disse que sim, escrevi o seu nome por todo o lado, vivi nas nuvens, finalmente alguém tinha reparado em mim, eu existia!

O namoro resumiu-se a umas idas ao cinema onde timidamente dávamos as mãos, eu que tanto ansiava pela experiência de um beijo e…nada, não ousei pedir, não ousei avançar e…ficámos pelas mãos dadas, mas mesmo assim foi marcante, ainda hoje o recordo, pela pureza que teve.

Vi-te passados quê? Uns 15 anos, num supermercado, estás igualzinho eu não, tinha um bebé ao colo e um pela mão, tu não tinhas filhos e nem ousei perguntar se tinhas casado, continuámos tímidos como quando nos conhecemos e fomos á nossa vida até ao próximo encontro!

Adeus até á próxima e como vieste foste-te embora.

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