terça-feira, 8 de dezembro de 2009

e ainda outro

mais fechado
como os dias
que não gosto

outro angulo

outro olhar

em cada linha

em cada linha
feita sombra
há o contraste
do meu espaço
com o teu
em cada luz
encontro a sombra
em cada sombra
sinto frio

paisagem


fuga


palavras


porque as palavras não têm rosto
e o rosto não tem palavras

terça-feira, 10 de novembro de 2009

e os dias passam

e os dias passam
sem palavras
que se encontrem
o silêncio instala-se
falta o tempo
o tempo
das palavras
que escorriam

terça-feira, 13 de outubro de 2009

hoje

hoje doi-me a pele
finjo que não
que sou imune à dor
mas doeu
doeu bem fundo
aquela farpa
aquele olhar
talvez um dia
qual boomerang
se invertam os papéis
talvez troquemos de cadeiras
e tu então percebas
que o abraço forte
que me deram
devia ser teu

terça-feira, 18 de agosto de 2009

sábado, 1 de agosto de 2009

sem palavras

vesti a tua pele
larguei a minha
sequei as tuas lágrimas
tão minhas
não sei o que dizer-te
o tempo sarará a descoberta
talvez um dia...

sábado, 25 de julho de 2009

parei em mim

parei em mim
deslumbrada com o nosso reencontro
segui em ti
esquecendo tudo o resto
teci-te beijos inquietos
em extase
olhei em frente
e a felicidade soltou-se
por entre lágrimas de seda

estamos nessa! Yey!

Com cerca de 17 anos João estava na fase do desarmario,cultivava a mania da independência. Gostava dos " Metallica" e andava pela casa desvestido, quando estava só. No duche trauteava Mónica Sintra enquanto procurava apanhar o subsabão que lhe fugia sistematicamente das mãos. Gostava de estar no jardim, em tempos de insónia, procurando ver nas constelações o seu futuro. Invariavelmente sentava-se debaixo da sua inárvore favorita, o abacateiro que a mãe plantara quando nascera.

O dia do concerto aproximava-se e estava mortinho por apanhar o supercomboio que o levaria a Paredes de Coura. Respirou fundo. Estamos nessa! Yey!

domingo, 19 de julho de 2009

o peso das solidões


Sintra tem um ar bucólico mais aquele faz de conta encantado do amor . Luana nem sentiu o oculto no ar feito de sopros . Reteve essa imagem do local de serras envolventes onde a lua reflecte o céu e pensou: Neste lugar sentimos bem o peso das solidões.