sexta-feira, 26 de setembro de 2008

nas veias que me escondes

nas veias que me escondes
nas palavras que teimas em guardar
cai o silêncio dos tempos acumulados
na dureza inglória que escolheste envergar
não consigo dizer-te o que sinto
as palavras amontoam-se na garganta
cortam-me a respiração
quero escrever-te tudo
e as letras suplicam-me que as deixe
queria tocar-te em abraços
mas as mãos ficam imóveis
escorregam-me lágrimas que não quero
nada que faça altera o curso
percorreremos os veios traçados
por entre arrependimentos
que nunca revelaremos
nós somos assim
nada a fazer

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