os jornais não falam de nós
falam de coisas
sem importância
de crimes
de sangue
de dor
em grandes parangonas
esquecem as coisas
belas
como as flores
e aqueles recantos bonitos
que todos temos
os jornais só tem uma cor
o vermelho
nós rodeamos-nos das outras
bem mais vivas e intensas
combinando-as como crianças
em experiências desconhecidas
não seguimos receitas
improvisamos a mistura
dos dias e das noites
e partimos
à descoberta de nós
nos cheiros e imagens
que antevemos
nos despertem os sentidos
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