hoje tenho saudades
do que quis ser
e não fui
hoje tenho saudades
de mim
de ter a pele
intacta
redescobrir-me, libertar-me de algumas das camadas de pele que teimam em não cair, reinventar-me expondo a minha nudez...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
podia ter o mundo nas mãos
podia ter o mundo
nas minhas mãos
bastaria querer
não sei se concordo contigo
sou igual a ti
na essência
mesmo quando me
mesmo quando me
faço à estrada
a medo
receosa das sombras que adivinho
das frases que não quero ouvir
da minha pulsação inconstante
que me assusta
da minha imagem insegura
na opacidade
da minha transparência
podia ter o mundo nas mãos
mas muito do que toco
destroi-se
não arrisco
hoje não
domingo, 27 de janeiro de 2008
sente-me!
hoje quero que sintas
na tua pele o que sou
hoje quero que te esqueças
do que és
e que me encarnes
quero que sintas
todos os meus silêncios
todas as minhas mágoas
todos os meus risos
hoje quero que saibas
como é a minha pele
quero que sintas que
tenho calor, frio, emoções
quero que conheças ao pormenor
todas as minhas rugas e cicatrizes...
hoje quero que compreendas
que sei que exijo demais de mim
e talvez dos outros
quero que sintas na pele
a minha frustração
por tudo aquilo em que falho
hoje quero que me vejas
totalmente despida
do que aparento ser
hoje mostro-te a minha alma
por dentro
quero que me imagines
como sou de facto
sente-me!
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
hoje apetece-me sentir
que sou bela sem o ser
hoje apetece-me gostar
de coisas fúteis
maquilhar a minha alma
o meu corpo
o meu espirito
hoje quero ter a beleza do mundo
centrada em mim
sentir-me diferente do que sou
embelezar-me só para mim
para me poder sentir bela e fútil
e gostar de mim assim mesmo
sem conteúdo
hoje quero esvaziar-me
de tudo o que sou
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
acabou a cena
as lutas travam-se
no campo
para vencer
para vencer
lutaste com bravura
com as armas que tinhas
contra um inimigo demasiado poderoso
infelizmente não venceste
e contigo perdemos também
importa-me que saibas
que não passaste indiferente
amaste e foste amado
riste-te e fizeste rir
choraste e fizeste chorar
sofreste e foi nosso o teu sofrimento
fizeste a diferença para alguns
isso é o importante
a vida só faz sentido se na passagem marcamos alguém
tiveste esse dom
descansa em paz
mereces os aplausos finais da queda do pano
acabou a cena
(P.S) ainda me estás a dever um elefante bébé
domingo, 13 de janeiro de 2008
sábado, 12 de janeiro de 2008
escapam-me as palavras
fogem-me
ludibriam-me
como tantas vezes
sentem prazer em fazê-lo
recusam-se a ser usadas
a meu belo prazer
a servirem-me
alimentando-me o ego
persigo-as incessantemente
por teimosia
quero escrever-me
tatuando os sentimentos
quero sentir-lhes o calor
do seu abraço
inglória busca sem sentido
quando quiserem brotarão de novo
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
escondo-me por defeito...
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
domingo, 6 de janeiro de 2008
sábado, 5 de janeiro de 2008
percorri os sete mares
e neles não te encontrei
sulquei as sete colinas
e nelas não te avistei
cansada parei num canto
exausta na minha busca
faces cobertas de pranto
embrulhei-me no meu manto
e neles não te encontrei
sulquei as sete colinas
e nelas não te avistei
cansada parei num canto
exausta na minha busca
faces cobertas de pranto
embrulhei-me no meu manto
perguntei ao vento que passa
Onde páras?
Onde habitas?
ignorou, não me responde
desconhece ou não me liga
Sete chagas, sete feridas
Sete pecados mortais
Sete dores que não suporto
São sete os amores que sinto
Sete são aqueles que minto
Sete agora ou muito mais
que estranho número o meu
que estranha a minha sina ...
passar por ti e não ver
tocar-te e não te sentir
sonhar-te e ter pesadelos
disfarça-los e mentir
percorri os sete mares
e neles não te encontrei
sulquei as sete colinas
e nelas não te avistei
continuo a percorrer
um dia talvez te encontre
no cruzamento da estrada
à beira daquela fonte
estarei lá à tua espera
Onde páras?
Onde habitas?
ignorou, não me responde
desconhece ou não me liga
Sete chagas, sete feridas
Sete pecados mortais
Sete dores que não suporto
São sete os amores que sinto
Sete são aqueles que minto
Sete agora ou muito mais
que estranho número o meu
que estranha a minha sina ...
passar por ti e não ver
tocar-te e não te sentir
sonhar-te e ter pesadelos
disfarça-los e mentir
percorri os sete mares
e neles não te encontrei
sulquei as sete colinas
e nelas não te avistei
continuo a percorrer
um dia talvez te encontre
no cruzamento da estrada
à beira daquela fonte
estarei lá à tua espera
talvez tu já estejas perto
e eu sem querer perceber...
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